cores vibrantes qual um jardim em esplendor,
mas entre elas, sombras se escondiam,
e a intolerância se tornava um clamor.
Duas flores, irmãs de pétalas finas,
cada uma com um brilho diferente,
uma era roxa, a outra, amarela, divinas,
mas o ciúme fez o amor ausente.
“Por que você brilha tanto, tão bela?”
Disse a roxa com um olhar sombrio.
“Eu sou a mais forte, a mais singela,
e você, apenas um sonho vazio.”
A flor amarela, triste, respondeu,
“Não sou ameaça, sou só luz a brilhar,
se você me ama, sejamos um apogeu,
juntas podemos o mundo encantar.”
Mas a roxa, enfurecida, não a ouviu,
e as flores do vale começaram a se afastar,
a intolerância fez seu reino e logo surgiu
um muro de espinhos que fez as flores separar.
As abelhas, antes felizes, agora em lamento,
deixaram de dançar entre as flores suaves,
e o vento que trazia um doce sentimento,
passou a soprar apenas em dores nos entraves.
As raízes, aflitas, começaram a secar,
e as cores do vale tornaram-se cinzas,
a beleza se foi, não havia mais par,
e a tristeza ocupou as suas brisas.
Certa manhã, um viajante chegou,
viu o vale triste e as flores a chorar:
“Por que essa dor? O que se passou?”
Ele perguntou sem saber o que olhar.
As flores unidas por um grito sutil,
contaram a história da intolerância e dor,
o viajante, sábio, disse, com um olhar gentil,
“É tempo de amor, não de rancor.”
“Cada um tem seu brilho, sua diferença,
e juntos, a beleza se torna mais forte,
deixe que o amor cure a desavença,
e o vale florescerá, com nova sorte.”
As flores, então, compreenderam a lição,
e decidiram finalmente se abraçar,
a roxa, com amor, pediu perdão,
e a amarela sorriu, pronta a recomeçar.
O sol brilhou alto, e a chuva desabou,
as cores renasceram, a beleza voltava,
a intolerância, enfim, se dissipou,
e o vale, em harmonia, a vida encantava.
Moral
A história nos ensina que em meio à dor
a intolerância fere e nos faz esquecer
que cada um é único, e no amor
juntos podemos, sempre, renascer.
(criação da imagem com Microsoft Bing)
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