segunda-feira, 28 de abril de 2025

Fábula do Lobo e do Caçador

Era uma vez, em uma floresta densa e vibrante, um lobo chamado Lúcio. Ele era conhecido por sua astúcia e habilidade em caçar. Lúcio sempre agia em grupo, confiando em sua matilha para sobreviver. Entre os membros da matilha, havia uma relação forte de lealdade e amizade.

Um dia, um caçador humano, chamado Marco, entrou na floresta em busca de presas. Ele era astuto e conhecia bem os hábitos dos animais. Ao avistar Lúcio e sua matilha, decidiu que precisava de uma estratégia para capturá-los. Ele se aproximou de Lúcio, disfarçando suas intenções.

"Olá, amigo lobo! Eu sou um viajante e conheço muitos segredos da floresta", disse Marco. "Se você me ajudar a encontrar comida, poderei compartilhar algumas iguarias que os humanos têm. Juntos, seremos mais fortes."

Lúcio, impressionado com a oferta, sentiu-se lisonjeado. Ele nunca havia pensado que um humano poderia ser útil. 

"Muito bem, posso ajudá-lo", respondeu o lobo, sem suspeitar das verdades ocultas nas palavras de Marco.

Assim, Lúcio começou a levar Marco até os locais onde a matilha costumava caçar. Eles se tornaram amigos, e Marco parecia cada vez mais confiável. No entanto, a amizade entre eles era construída sobre uma base de traição. Marco, em segredo, observava a matilha e planejava capturá-los.

Certa manhã, Marco teve uma ideia. Ele se aproximou de Lúcio e disse: "Se você me ajudar a pegar um dos filhotes da matilha, poderei garantir que você tenha uma refeição farta todos os dias. E assim, você se tornará o lobo mais forte da floresta!"

Lúcio, seduzido pela promessa de poder e comida, concordou. Ele não percebeu que estava sendo usado. 

Naquela noite, enquanto a matilha dormia, Marco armou uma armadilha para capturar os filhotes, e Lúcio, sem pensar, guiou-o até eles.

Quando a armadilha se fechou, os filhotes gritaram, e Lúcio finalmente percebeu que havia sido traído. Marco, em vez de ajudar, riu e disse: "Você realmente achou que poderia confiar em mim? Eu sou um caçador, e você, um animal. Agora, você perdeu sua matilha por causa da sua ambição!"

Desesperado, Lúcio tentou libertar os filhotes, mas era tarde demais. O caçador fugiu com os pequenos, e Lúcio ficou sozinho, consumido pela culpa. Ele havia traído a confiança de sua matilha em busca de poder e comida, e agora pagava o preço.

Com o tempo, Lúcio aprendeu a lição. Ele se afastou dos humanos e passou a valorizar a lealdade de sua matilha. Juntos, eles enfrentaram os desafios da floresta, entendendo que a verdadeira força vem da união e da confiança mútua.

Moral da História

A traição pode trazer ganhos momentâneos, mas os laços de amizade e lealdade são as verdadeiras riquezas que sustentam a vida. Desprezar a confiança dos outros pode levar à solidão e à dor.

Fontes:
José Feldman. Labirintos da vida. Maringá/PR: Plat. Poe. Biblioteca Voo da Gralha Azul.
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing  

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