segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

As Sombras da Solidão

 

(a crônica abaixo, infelizmente, são fatos comuns hoje em dia, alguns elementos a mais fazem parte desta história, mas boa parte deles fazem parte do cotidiano de muitos outros idosos)

Seu nome é Lúcio, um homem que aos 71 anos de idade, vive sozinho em uma pequena casa no interior do Paraná. Para muitos, sua vida pode parecer simples ou até mesmo pacata. Mas, para ele, cada dia é uma batalha silenciosa contra a solidão. Durante mais de uma década, sua única companheira tem sido Sol, uma cadela, que, com seu olhar amoroso e sua presença constante, é a única luz nesta escuridão.

Dezembro chega com a sua fanfarra de luzes cintilantes e sorrisos forjados, uma estação de rádio que só toca a melodia da sua solidão. A proximidade das festas de final de ano não traz alegria; traz uma maré crescente de desânimo e uma depressão silenciosa que se senta com ele à mesa de jantar vazia. Uma onda de melancolia toma conta. É uma época em que todos parecem se reunir; os sorrisos, as luzes, os abraços calorosos. Mas ali, dentro das quatro paredes de sua casa, a realidade é bem diferente. As ruas decoradas e cheias de vida contrastam bruscamente com o vazio do seu lar. Seus familiares, que vivem longe em outro estado, nunca vêm para o visitar. Suas desculpas são sempre as mesmas: “Não posso agora; estou ocupado”, “O trânsito é terrível nessa época”, “É muito longe”. A verdade, que ele já conhece, é que não há espaço para ele na vida deles.

Desde a morte de sua mãe, sete anos atrás, sentiu como se um pano escuro tivesse sido puxado sobre sua existência. Ela era seu porto seguro, a única que o entendia sem precisar de palavras. Com a sua partida, um pedaço dele se foi, e com ele, a conexão com o resto da família. Ele só queria um toque humano, uma palavra amiga, alguém que dissesse que se importava. Mas, em vez disso, o eco do silêncio se tornou seu único familiar.

O casamento com Clara não sobreviveu ao peso das expectativas e dos sonhos desfeitos. Quando conversava com ela, sentia o abismo entre eles, maior que qualquer distância física. Ela fala com um tom sereno, mas em suas palavras há uma nota de superioridade que o fere, quase como se ele fosse um projeto inacabado em comparação aos seus sucessos. Por Lúcio não ter um diploma universitário, a seus olhos era apenas um homem que fracassou em vários aspectos da vida. Ela tem o seu diploma universitário, a sua carreira, a sua vida estruturada, e não perde a oportunidade de lhe fazer sentir a sua falta de instrução. As conversas são um exercício de paciência; ela fala sobre as conquistas e seu trabalho, e ele escuta, tentando encontrar sua voz entre as lembranças que a cercam. Em dias como esses, a saudade se mistura com um profundo desânimo. É uma dança estranha: enquanto ela compartilha sua vida, ele é um espectador, preso em polaroides de um passado que não consegue mudar. Apesar disso, se mantém conectados, a sua conexão distante com o resto do mundo. Neste momento, ela é a ponte que liga seu presente ao passado, embora ele saiba que essa ponte balança sob o peso de suas frustrações.

Sol, por outro lado, não se importa com diplomas ou conquistas. Para ela, ele é suficiente. Quando olha nos olhos dela, percebe que, apesar da dor e da solidão, é amado de uma maneira pura e verdadeira. Ela não sabe das cicatrizes que ele carrega, dos fantasmas que habitam a sombra de sua vida. Para ela, não importa se o Natal não terá presentes, árvores decoradas ou ceias fartas. O que importa é estarem juntos, no calor do seu pequeno lar, onde ele faz o melhor que pode para garantir que ela se sinta amada tanto quanto ele sente.

Refletindo sobre todos esses anos, recorda de um tempo em que também foi pai. Sua filha, Yasmin, que não viveu o suficiente para conhecer o mundo, deixou uma cicatriz que nunca se apagará. Ela foi brutalmente levada dele com apenas alguns meses de vida, O destino, porém, tinha planos cruéis. A sua menina, a sua preciosa filha, foi-lhe tirada de forma brutal, assassinada com apenas alguns meses de vida. Suas esperanças, sonhos e anseios se desfizeram em um instante, como se um vendaval tivesse passado e levado tudo que ele mais amava. A dor foi insuportável. A mãe, Najla, a mulher que ele amava, afundou na escuridão da sua própria dor. A perda dela foi o último golpe, e ela decidiu que não queria mais viver, preferindo a escuridão eterna à dor insuportável da realidade. Enquanto a via partir, entendeu que a vida era feita de uma montanha-russa de alegrias e tristezas, mas ele parecia viver só a parte mais pesada da queda, deixando-o num desespero que ainda hoje molda o seu ser. Esse capítulo da sua vida é uma ferida que nunca cicatriza, um lembrete constante da fragilidade da felicidade.

Agora, aqui está, um homem de 71 anos que vive cercado por sombras do passado. À medida que o Natal se aproxima, as memórias se tornam mais intensas: o cheiro da comida que sua mãe preparava, os cafés à tarde, as brincadeiras que ecoavam pela casa, o calor dos abraços de sua esposa. Essas lembranças são tanto o seu consolo quanto a sua condenação. O tempo não apagou a dor, ele apenas a tornou parte de quem é.

Nesta véspera de Natal, enquanto Sol se aconchega ao seu lado no sofá, sente a solidão se instalar ao seu redor. Neste momento, não tem presentes para dar. Não há árvores cheias de enfeites, nem laços coloridos. Passarão as festas juntos, no silêncio da sua casa, observando o mundo lá fora celebrar uma união que não lhes pertence. Ao invés disso, o que há é a promessa de mais um dia juntos, uma certeza que, apesar de tudo, traz um leve sorriso aos seus lábios. Ao olhar pela janela, as luzes piscantes da cidade não lhe atraem mais. Em vez de me lembrar do que perdeu, sente uma alegria ainda que transitória de estar com seu amor maior, sua cadela Sol.

Percebe que, mesmo sem a presença da família, tem Sol, sua única família presente, verdadeira, que sempre estará ao seu lado, com seu amor incondicional. Ela é a única razão pela qual ainda levanta da cama todos os dias. Ela é o seu raio de sol que lhe aquece as manhãs.

Eles, na certa, se aconchegarão em um canto do sofá, com um filme antigo na televisão e o coração esperançoso, mesmo que ligeiramente quebrado. Porque a vida, com todas as suas durezas, ainda tem seus pequenos momentos de alegria. E enquanto Sol estiver ali, ele não estará completamente sozinho.

Ah, como gostaria de viver por um momento, a festa que tanto anseia. Mas o que ele tem é uma xícara de café e a alegria simples que Sol traz para os seus dias.

Afinal, Lúcio e Sol são uma dupla imbatível, navegando em mares de solidão. E quando der meia-noite na certa ficarão deitados lado a lado como dois seres que se amam muito e esperando o sono os levar a um mundo de sonhos, de felicidade, de amor, de amizade, de espíritos livres.

No final, o que mais poderia desejar além disso? Um amor simples, uma amizade leal, e a esperança de que um dia, as sombras do passado possam dar lugar a dias mais iluminados. Para ele, isso deve ser suficiente.
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os nomes foram modificados para preservar suas identidades
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JOSÉ FELDMAN, poeta, trovador, escritor, professor e gestor cultural. Formado patologia clínica trabalhou por mais de uma década no Hospital das Clínicas de São Paulo. Foi enxadrista, professor, diretor, juiz e organizador de torneios de xadrez a nível nacional durante 24 anos; como diretor cultural organizou apresentações musicais e oficina de trovas. Morou 40 anos na capital de São Paulo, onde nasceu, ao casar-se mudou para o Paraná, radicando-se em Maringá/PR. Consultor educacional junto a alunos e professores do Paraná e São Paulo. Pertence a Confraria Luso-Brasileira de Trovadores (SP), Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura (SP), Academia Movimento União Cultural (SP), Academia Virtual Brasileira de Trovadores (RJ), Confraria Brasileira de Letras (PR), Academia de Letras de Teófilo Otoni (MG), Academia de Letras Brasil-Suiça (em Berna), Casa do Poeta "Lampião de Gaz" (SP), . Possui os blogs Singrando Horizontes desde 2007, Voo da Gralha Azul (com trovas de trovadores vivos e falecidos). Assina seus escritos por Floresta/PR. Dezenas de premiações em crônicas, contos, poesias e trovas no Brasil e exterior.
Publicações: 
Publicados: “Labirintos da vida” (crônicas e contos); “Peripécias de um Jornalista de Fofocas & outros contos” (humor); “35 trovadores em Preto & Branco” (análises); “Canteiro de trovas”.
Em andamento: “Pérgola de textos”, "Chafariz de Trovas", “Caleidoscópio da Vida” (textos sobre trovas), “Asas da poesia”, "Reescrevendo o mundo: Vozes femininas e a construção de novas narrativas".

Fonte: José Feldman. Caleidoscópio da Vida. Biblioteca Voo da Gralha Azul, 2025.
Imagem obtida com Microsoft Bing

sábado, 6 de dezembro de 2025

O Crepúsculo dos Justos


A cidade roncava lá fora, um organismo indiferente feito de buzinas e pressa. Dentro das paredes que um dia abrigaram risadas fartas e jantares de fim de semana, agora reinava um silêncio pesado, quebrado apenas pelo tique-taque melancólico de um relógio de pêndulo. Ali vivia Horácio, um homem que a vida havia dobrado, mas não quebrado — pelo menos não até agora.

Horácio era a personificação da generosidade. Um homem cuja biografia poderia ser escrita com os gestos de bondade que dedicou a todos ao seu redor. Divorciado há uma década, ele investiu o restante de suas energias em amigos que ele considerava sua família estendida. Ele era o ombro para chorar, o caixa para emprestar dinheiro sem juros e o motorista do dia e da noite. Dedicação incondicional. Amor em sua forma mais pura e desinteressada.

Mas o tempo é um cobrador impiedoso. A idade é implacável, o corpo de Horácio começou a falhar antes do espírito. O caminhar virou arrastar, a memória, uma peneira fina onde os nomes recentes se perdiam, e a independência, uma miragem distante. Ele precisava de cuidados, de presença, de uma mão que o guiasse no labirinto da velhice frágil.

Foi então que a verdadeira face da "amizade" começou a se revelar, não em um ato de traição, mas no silêncio ensurdecedor da omissão.

A reunião aconteceu na sala de estar, a mesma sala onde, anos atrás, eles brindavam a aniversários e conquistas. Estavam lá Mário, o empresário a quem Horácio tirou do buraco da falência; Lúcia, cuja faculdade foi paga com um empréstimo que jamais foi cobrado; e Beto, o afilhado que Horácio ensinou a andar de bicicleta e a viver com dignidade.

A conversa começou com eufemismos, palavras polidas que tentavam mascarar a crueza do abandono.

"Horácio, pensamos muito em você", começou Mário, ajustando os óculos caros. "Você precisa de um lugar com mais estrutura, com médicos 24 horas por dia."

"Sim, um lar de idosos", completou Lúcia, olhando para as próprias unhas. "Lá tem atividades, outros velhinhos para conversar... é melhor para o seu astral."

"É o melhor para você, padrinho", Beto tentou, evitando o olhar mareado do velho.

Eles falavam de "lares" e "clínicas de repouso" com a mesma naturalidade que se fala de um resort de férias. O eufemismo era a cortina de fumaça para a verdade brutal: eles não queriam a responsabilidade. A gratidão tinha prazo de validade. As promessas de "para sempre amigos" se dissolviam diante da perspectiva de trocar fraldas, agendar médicos ou, pior, abrir mão de uma hora de sua vida ocupada para simplesmente fazer companhia a Horácio.

Horácio não discutiu. Ele apenas ouviu. E em cada palavra vazia, sentiu o peso da rejeição cair sobre seus ombros já curvados. O asilo não era uma solução de cuidado; era uma solução de descarte.

Naquela noite, sozinho em seu quarto, Horácio encarou o espelho. Não viu o homem generoso que dedicou sua vida aos outros, viu apenas um estorvo, uma bagagem que seus amigos — sua suposta família — estavam ansiosos para despachar.

O descaso é uma forma de violência silenciosa, um veneno de ação lenta. A atitude deles não apenas minou sua saúde física, mas aniquilou seu espírito. A autoestima de Horácio, que sempre se baseou em seu valor como pilar de apoio para os outros, desabou. Ele se sentiu o homem mais solitário e mal-amado do mundo.

A rejeição doeu mais do que a artrite nos joelhos ou a falha da memória. Doeu na alma. A ingratidão daqueles a quem ele amou incondicionalmente transformou seus últimos anos em um inverno perpétuo.

Ele não foi para um asilo. Foi para um depósito. Um depósito de memórias, onde o amor que ele distribuiu jazia esquecido, e onde a única companhia era a sombra da solidão, tecida pela indiferença daqueles que um dia chamou de amigos. 

A crônica da sua vida terminou não com um rugido, mas com o sussurro triste de um adeus silencioso a um mundo que ele amou, mas que se recusou a amá-lo de volta quando ele mais precisava.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Ecos da Violência em um Mundo em Desacordo


 Vivemos em tempos em que a dor e o terror parecem estar cada vez mais entrelaçados em nosso cotidiano. As guerras se multiplicam como ervas daninhas, brotando em qualquer parte do mundo onde líderes, ávidos por poder e controle, não hesitam em sacrificar a paz em nome de ambições pessoais. É um espetáculo trágico, onde o valor da vida é reduzido a meras estatísticas, enquanto as balas e os bombardeios ressoam como uma sinfonia macabra, privando a vida de milhares de pessoas sem um respingo de amor pela vida humana.

A televisão, um dos principais meios de formação de opinião e comportamento, tornou-se um campo de batalha onde a violência é glorificada. Os programas que atraem a atenção dos jovens estão recheados de cenas grotescas, onde vampiros e zumbis dominam narrativas que banalizam a morte e o sofrimento. Entre uma série e outra, há uma programação que mistura a ficção mais aterrorizante com os realities mais cruéis, trazendo uma nova forma de entretenimento que, na verdade, reflete uma sociedade em profunda crise. Enquanto a realidade clama por vozes de justiça e compaixão, enredamo-nos em histórias que alimentam a violência ao invés de promover a compreensão.

Os ecrãs se tornam janelas para um abismo que ecoa sentimentos destrutivos. As crianças e adolescentes, diante desses conteúdos, modelam suas perspectivas e comportamentos. Ao invés de imaginarem um mundo repleto de possibilidades pacíficas, absorvem uma visão distorcida, onde a força e a agressão se tornaram a norma. As conversas que poderiam girar em torno do amor e da solidariedade são substituídas pela retórica do “nós contra eles”, perpetuando barreiras que deveriam ser destruídas.

Nos séculos passados, a humanidade fez progressos impressionantes em ciência e tecnologia. As inovações nos conectaram de maneira que nunca antes se viu. Contudo, essa mesma evolução parece despontar uma falência moral. A arte e a educação, potências para o desenvolvimento humano, são frequentemente ofuscadas pelo brilho da violência. O retrato atual é o de uma sociedade em que a empatia e o respeito pelo próximo parecem resquícios de um passado que não se revisitou.

E em meio a essa turbulência, as mulheres continuam a ser tratadas como objetos, corpos que, em muitas culturas, são vistos como prêmios em disputas, ou vítimas em circunstâncias que escandalizam os mais sensíveis. Em um mundo que deveria ser de igualdade, a misoginia ainda ressoa com força, como se houvesse um consenso silencioso de que suas vidas têm menor valor. Assistimos a atos brutais, discursos odiosos e uma cultura que perpetua a ideia de que é aceitável desumanizar a mulher. O que é mais chocante: o ato em si ou a indiferença que o rodeia?

As novas gerações erguem-se sob o peso desse legado de desamor e agressão. É desesperador pensar que, ao invés de estarmos moldando um futuro de paz, estamos semeando as sementes da discórdia e da intolerância. O mundo digital, que poderia ser uma plataforma de troca de ideias e construção de pontes, acaba se tornando um terreno fértil para o ódio e a divisão.

Entretanto, há uma esperança latente. Cada crise traz consigo uma oportunidade de reflexão e transformação. É possível que as vozes que clamam por paz e por equidade ganhem força em meio ao ruído ensurdecedor da violência. Educadores e artistas têm um papel fundamental na reconstrução do tecido social. É através da arte que podemos inspirar mudança, e por meio da educação que podemos abrir os olhos das futuras gerações, mostrando que um mundo baseado no respeito e na empatia é não apenas desejável, mas possível.

A verdadeira evolução não está apenas nas máquinas que criamos, mas na capacidade de nos entendermos e apoiarmos uns aos outros. A resistência à violência começa com pequenos atos de bondade, com diálogos abertos sobre as verdades que nos machucam e com um compromisso coletivo de construir um futuro que respeite a dignidade de todos.

Que possamos, então, ser agentes de mudança nesse cenário nebuloso, ampliando a luz em vez de alimentar a escuridão. Porque no fim, a verdadeira luta é aquela que travamos no interior de nós mesmos. A guerra que queremos vencer não é contra um inimigo distante, mas contra os preconceitos e as barreiras que nos afastam um dos outros. Se de fato quisermos um amanhã, cabe a nós plantarmos as sementes dessa revolução silenciosa e poderosa.
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JOSÉ FELDMAN, poeta, trovador, escritor, professor e gestor cultural. Formado em patologia clínica trabalhou por mais de uma década no Hospital das Clínicas de São Paulo. Foi enxadrista, professor, diretor, juiz e organizador de torneios de xadrez a nível nacional durante 24 anos; como diretor cultural organizou apresentações musicais e oficinas de trovas. Morou 40 anos na capital de São Paulo, onde nasceu, ao casar-se mudou para Curitiba/PR, radicando-se em Maringá/PR, cidade onde sua esposa é professora da UEM. Consultor educacional junto a alunos e professores do Paraná e São Paulo. Pertence à Confraria Luso-Brasileira de Trovadores. Possui os blogs Singrando Horizontes desde 2007 e Voo da Gralha Azul (com trovas de trovadores vivos e falecidos). Assina seus escritos por Floresta/PR. Dezenas de premiações em crônicas, contos, poesias e trovas no Brasil e exterior.
Publicações: 
Publicados: “Labirintos da vida” (crônicas e contos); “Peripécias de um Jornalista de Fofocas & outros contos” (humor); “35 trovadores em Preto & Branco” (análises); “Canteiro de trovas”.
Em andamento: “Pérgola de textos”, "Chafariz de Trovas", “Caleidoscópio da Vida” (textos sobre trovas), “Asas da poesia”, "Reescrevendo o mundo: Vozes femininas e a construção de novas narrativas”

As Sombras da Solidão

  ( a crônica abaixo, infelizmente, são fatos comuns hoje em dia, alguns elementos a mais fazem parte desta história, mas boa parte deles fa...